Dun & Bradstreet e Forbesinsight entrevistaram mais de 300 executivos de organizações de vários segmentos e partes do mundo.. O estudo examinou as tendências de análises de dados (“analytics”). As entrevistas resultaram em um relatório de 25 páginas assinado por Nipa Basu (Chief Analytics Officer da Dun & Bradstreet). Com base nesse relatório fizemos este artigo, que pode ser lido em cerca de 4 minutos. Ele se baseia em alguns pontos da introdução e das conclusões de Nipa Basu. Não se trata de uma tradução literal, mas de uma síntese que repassa alguns aspectos fundamentais e inclui elementos próprios, mas com o cuidado de não alterar as ideias originais.
Ressalta-se que o relatório Forbesinsight foi lançado em 2017, o que serve de uma referência para considerar o quanto estamos alinhados ou atrasados em alguns movimentos e tendências.
Naturalmente que nenhuma instituição é dona da verdade e nem todas as pesquisas tem resultados aplicáveis a tudo, mas de qualquer forma, é interessante conhecer e entender o que algumas organizações mundiais estão informando para considerar em nossas próprias ações, para que elas sejam as mais efetivas possíveis nos projetos em que estamos envolvidos.
A SÍNTESE
O mundo competitivo globalizado exige mais precisão e maior inteligência para tomada de decisão. Como resultado, o “Analytics” agora impulsiona organizações, desde a estratégia até ao apoio às operações.“Analytics” deixou de ser uma prática desejável para ser imprescindível no centro das atividades corporativas. Para promover a cultura analítica, com a intensidade e qualidade necessárias, não é suficiente somente contratar alguns analistas e cientistas de dados e deixá-los em um silo. O mundo agora exige que práticas de análises potencializem as funções dos gestores.
Os responsáveis pelas organizações precisam investir, de diversas formas, para gerar fornecimento de dados e informações ao maior número possível de tomadores de decisões.
Mas mais importante ainda, os líderes precisam incentivar uma ampla mudança cultural para impulsionar a adoção e utilização de “analytics” em todos os níveis. O aculturamento analítico, em suas diversas perspectivas, é um grande diferenciador qualitativo. Líderes que entendem isso e se comprometerem a incentivá-lo terão mais chances de sucesso enquanto os que não se comprometerem correrão sérios riscos.
ALGUMAS DAS CONCLUSÕES A PARTIR DAS 300 ENTREVISTAS
- os executivos seniores finalmente estão compreendendo o valor do “analytics” e ampliando investimentos em tecnologias, pessoas e processos.
- o capital humano é um fator crítico para o sucesso da análise de dados.
- embora “analytics” seja cada vez mais relevante, precisa de estimulo contínuo, 62% dos entrevistados concordam que as suas organizações precisam fazer mais.
- organizações que planejam alcançar a excelência em análise de dados devem
adotar um modelo híbrido de equipes de especialistas. Das pesquisadas, 55% já terceirizam parte destas atividades.
- cerca de 23% dos profissionais analíticos usam planilhas como sua principal ferramenta de trabalho.
- há uma necessidade extrema de melhores práticas de análise de dados.
COMENTÁRIOS FINAIS
De acordo com o relatório, só 19% das empresas têm estudos que estimam o impacto de “analytics”. Esta informação ilustra a necessidade do apoio da alta gestão para incentivar que tomadas de decisão sempre incluam insights analíticos e que isto faça parte do dia-a-dia, assim como incluir elementos de análises nas comunicações corporativas e setoriais do cotidiano.
Importante que as lideranças sirvam de exemplo na valorização da cultura analítica. Deste modo as boas iniciativas já existentes, mesmo que fragmentadas em analistas setoriais, serão potencializadas e capazes de gerar uma massa crítica que ocupe espaços mais amplos do tecido organizacional, com os novos conceitos e práticas, muito mais do que necessárias.
“Espero que vocês considerem as informações deste estudo tão convincentes quanto eu. Estamos no momento adequado para adotar ações analíticas e evoluir através de investimentos inteligentes em pessoas, tecnologias e dados.” (Nipa Basu)
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