Quanto mais inovações e novidades tecnológicas maior a importância das habilidades fundamentais, entre as quais: comunicação, capacidade de relacionamentos, empatia, além de cultura geral.
Gestores precisam de uma visão sistêmica das tecnologias da informação para apoiar as transformações organizacionais necessárias (e também evitar as desnecessárias).
Não se trata de transformar gestores em especialistas em tecnologias de apoio à decisão, mas que tenham a melhor compreensão possível do quanto elas podem ser úteis para facilitar as suas próprias atividades.
Muitos gestores e executivos deixam essa responsabilidade para colaboradores que, por vezes, não têm uma visão ampla da empresa. Claro que o maior número possível de colaboradores deve participar, mas o entendimento e participação dos próprios gestores é indispensável.
Do mesmo modo que os arquitetos precisam saber sobre tecnologias de construção para projetar sólidos edifícios com formas criativas e revolucionárias, os gestores devem compreender o potencial e características das tecnologias da informação para desenvolver o tipo de organização capaz de sobreviver e evoluir no século XXI.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:
1 – Gestão e Tecnologia
Os gestores devem interagir com os especialistas (e vice e versa) compartilhando visões e objetivos. As tecnologias possibilitam mudanças positivas, mas não são capazes de as promover isoladamente. Projetos devem ser feitos em conjunto e com metodologias apropriadas;
2 – Habilidades em Dados e Informações
É preciso incluir novas habilidades a todos os colaboradores visando o tratamento dos dados, a geração de informações e o compartilhamento de conhecimentos;
3 – Maior Interação entre Áreas e Pessoas
Devem ser reduzidas as “paredes departamentais” e incentivadas atuações de multifuncionais e multidisciplinares em todas as atividades possíveis, especialmente nas ações táticas e, evidentemente, nas estratégicas;
4 – Comunicação e Motivação
A “visão estratégica” inovadora é muito desafiadora. Por isso, atenção especial para a comunicação qualificada e inspiração das equipes. O fator motivacional por vezes é subestimado, apesar dos muitos casos em que se mostrou decisivo, por exemplo, na área esportiva. Claro que não basta motivação, mas é um diferencial significativo;
5 – Flexibilizar Conceitos
É preciso repensar os princípios e valores da “era industrial” mas aproveitar seus legados positivos. Também perceber a necessidade de mudanças profundas. Evitar a tendência de definir rigidamente conceitos mais fluidos. Deve-se evoluir dos “conceitos estruturados” por outros mais flexíveis e adaptativos.
6 – Profissionais de TI devem Ampliar seus Conhecimentos
Profissionais de TI também precisam se aculturar com a dinâmica das organizações. Todos aqueles que mantém contatos com gestores e profissionais de outras áreas precisam ampliar seus conhecimentos organizacionais para permitir boa comunicação e interação. Talvez com exceção dos superespecialistas (talvez), todos devem desenvolver habilidades de comunicação e entendimento do ambiente aonde está inserido.
REFLEXÃO
Para o desenvolvimento de uma cultura analítica nas organizações é importante que que pessoas tenham bons conhecimentos sobre disciplinas fundamentais, inclusive as humanas. Hoje temos microscópios (ou telescópios, se preferirem) que nos permitem ver muito mais e melhor, mas é preciso saber o que estamos observando, analisando, interpretando e, depois debater sobre isto sob diversos ângulos.
Quanto mais inovações e novidades tecnológicas maior a importância das habilidades fundamentais, entre as quais: comunicação, capacidade de relacionamentos, empatia e cultura geral.
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Inspirado e adaptado do livro - A Grande Transição, de James Martin
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